Cortes de turmas visam "desmantelar serviço público"
Para o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (FENPROF), Mário Nogueira, que falava numa conferência de imprensa numa escola de Coimbra, a "autorização de funcionamento de turmas e de cursos" decidida pelo MEC e comunicada às escolas no dia 26 de julho, é "uma revelação verdadeiramente arrasadora e clarificadora dos interesses" do Ministério em "desmantelar o serviço público de educação".
"Falta saber se em relação aos colégios com contrato de associação o corte de turmas para homologação também existe ou se o MEC faz incidir os cortes exclusivamente sobre as escolas e agrupamentos que integram a rede pública de estabelecimentos", sublinhou Mário Nogueira.
Depois de as escolas e agrupamentos terem definido o número de turmas e cursos, com "base em dados concretos" (e, genericamente, com reduções, correspondentes à diminuição de alunos), o MEC decidiu fazer cortes, que, "no caso do pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico, dão a ideia de incompetência completa", sustentou o líder da FENPROF.